E O NIÓBIO É DE QUEM? – O mundo cunha belíssimas moedas, enquanto o Brasil só observa! Até quando?

 

Um tipo de material vem ganhando força na confecção de moedas em alguns países já faz algum tempo. Com grande potencial na indústria mundial, mas pouco aproveitado em nosso país, o Nióbio é um dos materiais considerados mais raros no mundo. O nióbio foi descoberto em 1801 pelo cientista britânico Charles Hatchett e inicialmente batizado como columbium, e só em 1846 foi adotada a nomenclatura conhecida como Nióbio. O nome faz referência a figura da mitologia grega Níobe (filha de Tântalo), devido a sua semelhança com o tantálio ou tântalo (Ta). Pertencente a família 5ª da tabela periódica, esse metal raro é um dos mais resistentes a corrosão e também um supercondutor.

O NIÓBIO EM ESTADO MINERAL - A potencial aplicação desse metal na indústria, traz grandes resultados na melhoria das propriedades de ligas metálicas, gerando grandes oportunidades de mercado para os países que possuem grandes reservas. A principal aplicação do nióbio é a formação de ligas (principalmente de aço) mais resistentes. A possibilidade de melhoria de um produto sem afetar nenhuma de suas outras propriedades é o sonho para qualquer indústria, e é essa a função desse material. O nióbio como elemento de uma liga metálica produz um aumento na resistência mecânica da mesma, sem prejudicar sua tenacidade ou conformabilidade.

Atualmente esse metal raro é amplamente utilizado nas indústrias automobilística, bélica, aeroespacial, eletrônica e até mesmo nuclear. A liga de aço combinada com nióbio traz propriedades essenciais para essas industrias, como aumento da ductilidade e maior conformabilidade do material, além da resistência mecânica como já dito anteriormente. Isso porque o nióbio permite a formação de carbonetos pela afinidade com carbono e nitrogênio, impedindo que o carbono se localize nos interstícios de grãos da liga.

O NIÓBIO NO BRASIL - Nosso país detém aproximadamente 98% das reservas de nióbio do mundo, sendo a maior parte concentrada no estado de Minas Gerais (75%). Portanto, o Brasil teria em tese a regulação do material no mundo, mas quando se trata desse metal raro altamente cobiçado mundialmente nossa política tem sido falha. As reservas brasileiras de nióbio são suficientes para abastecer o mundo por séculos e poderia ser a “salvação” econômica e lastradora do Real, moeda corrente do nosso país. Porém assim como diversos recursos de grande potencial no Brasil, este, também não é bem aproveitado. O governo federal ainda não possui uma política específica para a regulação e comercialização do nióbio no país e não são fabricados produtos nacionais derivados do nióbio, ou seja, o Brasil exporta o metal bruto, deixando de gerar receita, empregos e fortalecimento da indústria nacional.

NIÓBIO EM MOEDAS – Países como Canadá (detentor de 2% da reserva mundial de Nióbio) e Áustria já produziram moedas utilizando o metal em suas ligas. Existem moedas belíssimas produzidas em Prata e Nióbio cunhadas principalmente pela Áustria. O Brasil chegou a lançar uma medalha feita em Nióbio, mas a Casa da Moeda nunca confirmou a produção de uma série de moedas circulantes ou comemorativas utilizando o metal. A imagem criada pelo artista gráfico, Fagner Máximo, nos mostra possíveis ideias para cunhagem em moedas produzidas a partir do metal, reforçando nossa vontade em contar com a produção regular de moedas para o meio circulante ou moedas comemorativas em Nióbio. Veja algumas destas belíssimas moedas produzidas pela casa da moeda da Áustria:
















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