LUÍZES DE OURO ENCONTRADOS NA FRANÇA - Moedas de ouro do século XVII do período anterior à Revolução Francesa.

Centenas de moedas antigas de ouro encontradas nos muros de uma mansão na França foram arrematadas por mais de um milhão de euros em setembro deste ano (2021), em leilão realizado pela casa de leilões Ivoire Angers.

O “tesouro” composto por 239 moedas de ouro do tempo dos reinados franceses de Luís XIII e Luís XIV, foi descoberto em 2019 durante a reforma de uma mansão próxima de Quimper, na região da Bretanha, no oeste de França.

A casa de leilões Ivoire Angers informou que a família proprietária da mansão ficou com quatro moedas - uma recordação e garantia futura – mas todas as outras foram colocadas em leilão por um valor inicial estimado entre 250 e 300 mil euros.

O pregão começou com a venda, pelo preço inicial de 8 mil euros, de uma excepcional moeda de um luís de ouro, com a imagem de Luís XIV e com data de 1646, que foi arrematada por 46 mil euros.

Os lucros do leilão foram distribuídos em duas partes: metade para os três artesãos que descobriram o “tesouro” e outra metade para os proprietários, com base em uma lei que vigorou na França até julho de 2016.

Segundo a nova lei, qualquer patrimônio arqueológico encontrado em propriedades particulares adquiridas após julho de 2016 pertence 100% ao Estado. No caso do tesouro leiloado hoje, como os proprietários adquiriram a mansão em 2012, eles foram autorizados a vendê-lo.

A descoberta das peças de ouro datadas do século XVII foi revelada no início de setembro de 2021. Segundo a Ivoire Angers, o casal proprietário tinha decidido reformar a mansão e contratou três especialistas em trabalhos com pedra, que encontraram dentro de um muro uma caixa metálica lotada de moedas de ouro.

“A caixa estava embutida na parede, presa entre as pedras”, disse o proprietário da mansão, Francois Mion, à AFP. Dias depois, os artesãos encontraram mais moedas dentro de uma bolsa que estava sobre uma viga de madeira, acrescentou.

Florian D’Oysonville, curador-especialista da casa de leilões, contou que o tesouro “é considerado como o fruto das economias de um rico comerciante ou proprietário de terras”.

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