UMA RARA MOEDA, UM SONHO E UM ARTISTA Uma curiosa história da numismática brasileira


A moeda ou medalha em questão foi cunhada e gravada em prata de lei por Pedro Pinto Balsemão, a partir de moedas de 2000 réis da República. Ela foi originalmente idealizada para comemorar a fusão da Sociedade Goiana de Numismática (SGN) com a Associação Filatélica de Goiás, em 2010.

No entanto, a fusão não foi concretizada devido a problemas burocráticos. As duas entidades possuíam a vontade política e o apoio da maioria de seus associados, mas enfrentaram obstáculos na Serventia Extrajudicial para a criação da nova sociedade.

Apesar disso, o sócio fundador da SGN, Dr. Wilson Honorato Rodrigues, decidiu cunhar a medalha em 50 (cinquenta) peças numeradas. Ele arcou com as despesas materiais da gravação e cunhagem, o que onerou as reservas financeiras da SGN. O objetivo era vender as medalhas para sócios e não sócios, a fim de arrecadar recursos para a compra de um imóvel para a sede da entidade.

Como a fusão não se concretizou, a SGN decidiu vender as medalhas aos seus associados e a outros numismatas brasileiros, praticamente pelo preço de produção.

É importante ressaltar que a medalha não é comercializada para comemorar a criação de uma sociedade que nunca existiu, mas sim para rememorar a tentativa de unificar os filatelistas e os numismatas goianos. Essa união, caso tivesse acontecido, teria enriquecido o colecionismo nacional.

Cada medalha numerada de 1 a 50 é acompanhada de um certificado comprobatório desse fato histórico. A medalha, pela sua beleza e esmero de cunhagem, certamente enriquecerá ainda mais as coleções dos numismatas brasileiros. 

Veja em detalhes essa belíssima obra de arte assinada pelo mestre Balsemão.


A moeda medalha que ilustra nosso artigo é a peça de número 20 da tiragem de 50 peças possíveis. Nosso artigo foi produzido com base no certificado oficial emitido pela Sociedade Goiana de Numismática em 24 de outubro de 2015, e chancelada pelo então presidente Luiz Murilo Pedreira e Sousa, pelo secretário Francisco J. Coutinho Paes e pelo tesoureiro José Caetano Brito Jr. As moedas foram oficialmente comercializadas somente em 2019.


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