DÓLAR FALSO? – Saiba como identificar (1ª PARTE).



Alguns leitores do blog nos perguntaram sobre como identificar falsificações em notas de dólar anteriores ao ano de 1996. Sei que a pergunta foi limitada, mas nossa resposta será um pouco mais ampla. Vale ressaltar que os itens de segurança apresentados nesta postagem valem para todas as notas, de modo geral. Não devemos esquecer que as notas emitidas a partir de 1996 (principalmente as de maior valor facial), possuem algumas diferenças em sua diagramação além de algumas características adicionais, como fita de proteção, marca d'água e microcaracteres, que possuem a função de dificultar a falsificação das notas.

Abaixo podemos observar algumas características de segurança das notas de dólar:

SELO E DÍGITO DO BANCO DISTRIBUIDOR – Boston A-1, New York B-2, Philadelphia C-3, Cleveland D-4, Richmond E-5, Atlanta F-6, Chicago G-7, St. Louis H-8, Minneapolis I-9, Kansas City J-10, Dallas K-11, San Francisco L-12.


EFÍGIES – As cédulas homenageiam ex-presidentes dos Estados Unidos, exceto a última, que homenageia Salmon Chase, Secretário de Tesouro na gestão Lincoln. Cédulas de US$500, 1000, 5000 e 10000 não têm sido emitidas há muitos anos e estão sendo retiradas de circulação.




US$1-George Washington
US$2-Thomas Jefferson
US$5-Abraham Lincoln
US$10-Alexander Hamilton
*US$20-Andrew Jackson (Após 2030 entrará em circulação uma nova cédula)
US$50-Ulysses Simpson Grant
US$100-Benjamin Franklin
US$500-William McKinley
US$1000-Grover Cleveland
US$5000-James Madison
US$10000-Salmon Portland Chase.


DETALHES IMPORTANTES - O nome do banco e a letra correspondente encontram-se no selo preto localizado à esquerda de efígie; os dígitos estão próximos aos quatro cantos da nota.

- O número de série é iniciado com a mesma letra destinada ao banco distribuidor.

- O papel moeda é especial, fabricado à base de fibras de linho ou algodão. Sua constituição e qualidade, no entanto, assim como as tintas, só podem ser avaliadas em estudos e exames de laboratório, perdendo o valor prático para o público.
- A impressão em duas cores (preto e verde nas mais antigas) passa, portanto, a ser o principal fator de observação e é efetuada em três etapas:

1) processo calcográfico, para os motivos principais da nota, onde o papel sofre grande compressão e apresenta aparência final de alto relevo (talho doce).
2) off-set, para a gravação do fundo e florões ornamentais.
3) tipografia, para a impressão da série, número e microchancelas.

DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA – Todos os países se preocupam com a falsificação de papel-moeda e sempre estão em constante evolução tecnológica para que possam dificultar a ação de fasificadores.

- Pequenas fibras de seda, vermelhas e azuis, entrelaçadas na trama do papel.
- O selo do tesouro, superposto à denominação da cédula, localizado à direita da efígie. Até 1966, as notas vinham com a seguinte frase em latim “Thesaur Amer Septni Sigil” e após 1966 em inglês “The Department of the Treasury”, em português “O Departamento do Tesouro”.

MÉTODOS E FORMAS PARA IDENTIFICAR UMA NOTA FALSA – As notas não podem ser feitas com itens de segurança que facilite somente a verificação por instituições financeiras, elas também precisam facilitar a identificação por parte do usuário comum (população). Pensando nisso, todas as tecnologias empregadas na segurança contra falsificação abrangem simples métodos de identificação até os mais complexos.

- É possível a verificação das características fundamentais da cédula, a olho nu.

- O uso de aparelho eletrônico que detecte os pigmentos metálicos existentes na tinta de impressão das cédulas. Os falsificadores procuram adicionar reagentes em cédulas falsas, de forma aleatória, a fim de confundir os resultados de testes superficiais com o aparelho. Torna-se importante, uma analise mais profunda em várias regiões da cédula, para que possamos assegurar que o detector esteja reagindo somente nas áreas certas (fora das áreas delimitadas em vermelho).

- O uso de um ímã também poderá ser um método de verificação mais acessível e mais eficaz: Pendure a cédula na ponta dos dedos e aproxime o ímã das áreas impressas em preto, fora das áreas delimitadas em vermelho. O ímã atrairá a cédula, obrigatoriamente. Mas, se o ímã atrair a cédula dentro das áreas delimitadas em vermelho, inclusive no selo do banco, certamente estaremos diante de uma nota falsa.

- O uso de uma lente de aumento entre 5X e 10X facilitará a visualização dos detalhes de impressão e as fibras de segurança (verdes e azuis).

- O processo calcográfico pelo qual passam as cédulas deixam-nas com aspecto de alto relevo, e os pigmentos metálicos detectados pelo aparelho de teste ou pelo ímã encontram-se exatamente nessa área, ou seja, na tinta preta da nota, exceto no selo do banco distribuidor, à esquerda da efígie, as demais regiões da cédula autêntica não acionam o aparelho nem o ímã.
- Em função da profundidade de impressão, restam nas cédulas resíduos de umidade na tinta; a fricção do canto de uma cédula autêntica contra uma folha de papel branco resultará, normalmente, numa mancha.

- As fibras de segurança (vermelhas e azuis) podem ser levantadas ou partidas com auxílio de uma agulha; nas cédulas falsas, essas fibras, quando existem, são pintadas.

- Todas as pontas do selo verde, à direita da efígie, são agudas e simétricas; treze estrelas de cinco pontas estão nitidamente vazadas no "V" invertido do escudo.

- A coloração das cédulas é viva e com grande nitidez de detalhe.

- O reticulado que serve de fundo para a efígie é nítido e simétrico, uma perfeita grade de linhas verticais e horizontais.

- A linha fina que circunda toda a cédula é nítida e perfeita, sem falhas de impressão.


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